sexta-feira, 10 de julho de 2009

Old Times


Era o perfume de incenso de jasmim na hora do recreio, a emoção do vinho barato nos corredores do colégio, o sexo lacrado, mil sonhos indecisos, nenhum rumo, nenhuma fixação por pessoas bonitas na sola do último degrau da escada antes da morte, o orgulho da professora de literatura e o pesadelo da mãmae.
Hoje, é a boémia doméstica, o som mil de mil violinos, um punhado de desilusões, um paladar apurado, vinho tinto seco para comprar uma vez ao mês, absinto dos amantes de alta qualidade, uma universidade forçada, o trabalho escravo, a roupa lavada e os compromissos honrados,ainda o pesadelo da mamãe, a própria Mamãe num pesadelo sem fim e ... Onde está a minha professora de literatura?

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Vou dedicar a bruxa dos bons sentidos: Elvira e ... (não lembro do teu nome , mas te gosto por demais.) ah, sim Fátima! (lembrei!), creio ter sido a única aluna convidada a visitá-la em casa.
Elvira me deu 9.5 numa prova do oitavo ano do ensino fundamental, depois de desenhos incógnitos , um mega flagra de bebedeira nos fundos do colégio. (oh, tempo bom!)
e um discurso para lá de poético para a coordenadoria da escola. -- A directora a torcer as versões do próprio nariz-- os professores deitaram, riram e aplaudiram! (ufa!)

Aos queridos: Antônio (Geo), Heloise (Hist), Etna (Hist), Elvira [redundância?] (Port), Viana (FIS e testosterona!), Cesar (FIS) , Por boa parte do que sou.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A minha Humanidade.

Sempre gostei de fazer uso de figuras metafóricas na tentativa de me definir. No entanto,apesar de não me considerar muito vulnerável à influências isoladas,que não partem em massa pelo pressuposto da maioria que sempre vence, algo que um amigo me disse me levou à uma reflexão.

"Pessoas frágeis podem se esconder por detrás de metáforas e de clichês.Pessoas espirituosas fazem poesias com metáforas e clichês e pessoas auto-suficientes desprezam metáforas e clichês"

Fiquei me perguntando, o que seria um meio termo entre o frágil,o espirituoso e o auto-suficiente. E se num sentido travestido, metáforas, clichês e poesias seriam mesmo ferramentas rotulares sinônimas desses termos.

Se esses três termos são capazes de definir em massa seres humanos ,talvez existam extra-terrestres desmemoriados, como eu, vagando pelo planeta e talvez por conta disso, existam os antidepressivos e psicoterapias.

Há mais ou menos 1 ano e meio, conheci um desses desmemoriados, que ensinava a seres humanos algo parecido com ler e escrever num nível mais elevado.

Com frequência, ele questionava os clichés, desvendava metáforas, e desarmava a auto-suficiência humana.
Eu, por minha vez, ficava impressionada e me colocava a escrever poesias sobre ele, com isso me me descobri espirituosa para mim, e metafórica para ele.

Com o passar do tempo, idealizamos a comoção de um sentimento comum à todos os seres humanos. Algo relativamente estranho que me fazia sentir saudades e estremecer por dentro toda vez que ele me tocava. Foi aí, que percebi que essencialmente eu não era auto-suficiente e que ,portanto,era frágil.

Sobre a analise de todos esses parâmetros encontrei a variavel me fazia "diferente".
Apesar da espirituosidade, das metáforas e da fragilidade. Eu não sou auto-suficiente e,portanto, não posso ser um clichê. Simplesmente porque não reúno em mim todas as caracteristicas de um estereotipo.
Foi essa deficiência, que me fez capaz de amar e , apesar de ser de outro planeta, me tornou contraditóriamente mais HUMANA.

sábado, 20 de junho de 2009

mudança de endereço

As palavras continuam esporadicamente em www.monologosmolhados.blogspot.com